2º bate-papo: Um projeto democrático para a cidade

Conforme ficou estabelecido anteriormente no primeiro encontro, o segundo momento dará sequência às discussões, com elenco de temas pré-definidos, como mobilidade urbana, segurança, regularização fundiária e habitação, parques urbanos e meio ambiente, saneamento básico e saúde, plano diretor… entre outras políticas públicas e damandas da maioria da população, ao mesmo tempo que ficamos de buscar  ampliar a participação de outros militantes e lideranças municiais e de bairros, nas diversas frentes de ações e lutas populares e sindicais.
Um dos desafios tambem nesta reunião será a criação de uma agenda conjunta/unificada das lutas dos movimentos para ação coletiva do grupo.
Segue abaixo o texto da jornalista Marcela Cornelli, do Portal de Notícias DESACATO, sobre a primeira reunião do BATE-PAPO, e ao final um resumo das principais propostas apresentadas no debate.
Solicitamos que todos se agendem para esta segunda rodada e façam o convite aos seus pares e possíveis novos participantes.
Saudações democráticas,
Loureci Ribeiro
Membro da Câmara de Meio Ambiente e Saneamento do Fórum da Cidade
Arquiteto urbanista, militante voluntário da Reforma Urbana e da Preservação Ambiental

PS. Não se esqueçam que neste sábado as 10h da manhã todas as lideranças estão convidadas tambem para o ATO DE MOBILIZAÇÃO E DENUNCIA Contra os Crimes Ambientais e Contra a Saúde Pública – Local Pça de Pedágio da Rod SC 401.

Unindo forças por uma cidade para as gentes

Por Marcela Cornelli.
Em um esforço de construção coletiva, na tarde desse sábado, dia 23 de junho, militantes de movimentos sociais e sindicais de Florianópolis reuniram-se no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC para debater um Projeto Democrático para a Cidade. Participaram também candidatos às eleições municipais. Todos os presentes acordaram ser necessário e urgente se contrapor ao projeto das oligarquias que hoje está no poder em Florianópolis, elitizando cada vez mais a cidade e excluindo os empobrecidos.

Apesar das diferenças ideológicas e de estratégias políticas do grupo presente nesse primeiro bate-papo sobre a cidade, questões como a falta de segurança, de saúde pública de qualidade, de mobilidade e de infraestrutura urbana como saneamento básico foram consenso em todas as falas. Foi lembrado que esse debate é de extrema importância nesse ano eleitoral para desmascarar projetos políticos coniventes com o capital, que governam a cidade excluindo da participação nas tomadas de decisões a classe trabalhadora, que é a grande maioria da cidade.

A imagem da Capital com maior qualidade de vida, onde todos vivem bem e felizes, têm moradia em lugares com paisagens paradisíacas, onde há saúde e qualidade de vida para todos precisa ser desconstruída para que e a realidade das comunidades empobrecidas e de classe trabalhadora venha à tona.
Foi lembrado ainda há necessidade de que o processo eleitoral seja usado também, por quem quer mudanças na cidade, como um momento de conscientização e politização da população no sentido de tirar as massas da alienação política em que se encontram, pois hoje a classe trabalhadora não consegue enxergar o quanto está sendo explorada e como o poder político está nas mãos de poucos; poucos estes que decidem o que é importante para a cidade e seus moradores. Decidem, é claro, sob a ótica dos donos do capital.

Foi colocado que é necessária a construção de um projeto político que permita a participação efetiva da classe trabalhadora. Outro importante consenso foi que esse debate deve ir além do processo eleitoral e ganhar as ruas, sendo levado até as comunidades.

O bate-papo foi marcado por intensos debates e análise da conjunta local, nacional e das lutas da classe trabalhadora pelo mundo, lembrando sempre que o capitalismo vive hoje uma crise estrutural e que há necessidade de mostrar ao povo que outra sociedade é possível, uma sociedade mais justa e igualitária.
Houveram, saudavelmente, pontos de discordância entre os candidatos e correntes políticas presentes, mas o mais importante é que todos ali mostraram-se abertos ao diálogo para a construção de um projeto para a cidade que não seja excludente e que é sim necessário amarar os candidatos que se dizem contra o poder oligárquico atual na luta por uma cidade melhor, não só no discurso eleitoral, mas também em ações concretas antes e depois das eleições.

O bate-papo foi um primeiro passo que elencou algumas prioridades de discussão, mas ainda há muito o que ser discutido. Além disso, a necessidade de ser retomada a unidade das lutas com uma agenda conjunta dos movimentos e tomando as ruas é urgente para barrar projetos como a privatização do Hospital Florianópolis e do Hospital Universitário que estão prestes a serem entregues ao capital privado, da venda da Ponta do Coral, entre outros projetos nefastos que o capital, em conivência com o poder legislativo municipal, estadual e mesmo federal, tem imposto para a cidade, como também a necessidade urgente de abrir a caixa preta do transporte coletivo, entre outras lutas, como a luta por moradia, valorização da educação e dos serviços públicos. Basta lembrar que recentemente o SAMU foi privatizado e entregue a uma empresa paulista e que pouco os movimentos conseguiram aglutinar forças para barrar esse processo. Nesse sentido um segundo momento do bate-papo foi marcado para dar sequencia aos debates e encaminhamentos, já com pauta mais específica como segurança, saúde, mobilidade urbana, para o dia 21 de julho (sábado). Em breve esse segundo bate-papo será divulgando amplamente para os movimentos.
Veja abaixo as propostas aprovadas nesse primeiro bate-papo sobre a cidade e a necessidade da unidade e luta da classe trabalhadora.

Propostas do Bate-Papo realizado no dia 23 de julho entre movimentos sociais e sindicais:

– Criação de uma frente metropolitana a serviço dos trabalhadores, autônoma e independente dos partidos;
-Trazer para os debates a discussão das lutas dos movimentos internacionais anticapitalistas;
-Integrar e unificar a comunicação deste debate nos veículos alternativos e que têm visibilidade na cidade;
– Divulgação das deliberações do Congresso da Cidade, em 2011, e usar o documento como guia para construção de uma plataforma política;
– Ratificar que este é um espaço plural de pessoas militantes, independentes ou não de partidos;
– Dar a este espaço um caráter de fórum de debates;
– Realizar um segundo momento do bate-papo dando sequência às discussões, com elenco de temas pré-definidos, como mobilidade, segurança e ampliando a participação de militantes;
– Elencar regiões da cidade para reproduzir o conteúdo do bate-papo e chamar as candidaturas ao pleito municipal para apresentar suas propostas para a cidade;
– Fazer um jornal deste movimento levando as discussões e propostas das candidaturas para a população, após a realização dos debates nas regiões;
– Criar uma agenda conjunta/unificada de lutas dos movimentos;
– Criar um site para divulgação desses debates;
– Necessidade de organizar e politizar os trabalhadores através de discussões nas comunidades;
– Criar um grupo de coordenação para o bate-papo, propondo que o Desacato, Pobres & Nojentas e a Rádio Campeche divulguem a discussão; e
– Definição da data do próximo encontro para o dia 21 de julho. (mudou para 04 de agosto)

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