25 entidades sociopolíticas galegas lançam manifesto contra a ‘brutalidade repressiva espanhola’

130913_foto_repressomComo resposta quase imediata à sentença contra quatro independentistas galegos e galegas, filtrada ontem de maneira irregular aos meios, hoje foi apresentado um manifesto de coletivos, a maioria deles do ámbito soberanista.

A iniciativa foi apresentada ao meio-dia de hoje no Centro Social do Pichel, na capital da Galiza, numha jornada em que também se vam registar concentraçons de repulsa à desproporçom repressiva com que o Estado espanhol quer afogar o movimento independentista galego.

A seguir, reproduzimos o manifesto na íntegra, seguido dos nomes das 25 entidades que neste momento o subscrevem:

Contra a brutalidade repressiva do Estado

Pola soberania nacional da Galiza

Os coletivos, organizaçons políticas, associaçons ecologistas, feministas, juvenis e culturais e sindicatos abaixo signatários, ante a sentença ditada pela Audiência Nacional de Espanha contra quatro independentistas galeg@s, queremos fazer pública ante a sociedade galega a seguinte declaraçom de urgência:

1º Rejeitamos a brutalidade repressiva do Estado espanhol que se evidencia na sentença ditada ontem contra quatro independentistas galeg@s. Condená-los a penas de 10 e 18 anos de prisom é umha barbaridade repressiva de um ponto de vista democrático perpetrada por um tribunal que carece das mais mínimas garantias jurídicas exigíveis e realiza julgamentos políticos. É significativa esta contundência penal contra quem defende um legítimo ideário político, enquanto ladrons de garavata, corruptos, saqueadores do erário público, incendiários organizados, etc. se movem à vontade.

2º A criaçom jurídica, por parte da Audiência Nacional, de umha suposta “organizaçom terrorista” a operar na Galiza é, em maos de um Estado obsessionado com a sua própria “integridade territorial” e com a criminalizaçom e perseguiçom dos processos soberanistas, um instrumento repressivo de primeira ordem que levanta a veda para criminalizar e penalizar organizaçons sociais e políticas de caráter nacionalista, contradi as explicaçons dadas polas pessoas condenadas durante o julgamento e é contrária ao sentir absolutamente maioritário da sociedade galega. Com esta sentença, encontramos-nos ante a importaçom para a Galiza da antidemocrática Lei de Partidos.

3º Avaliamos que esta sentença, que evidencia o triunfo das teses mas regressivas para umha abordagem em termos penais e policiais das posiçons soberanistas, é umha sentença política e pretende abrir as portas para a criminalizaçom das pessoas e organizaçons que reivindicamos legitimamente a soberania nacional do nosso país e a solidariedade com as pessoas presas.

4º Chamamos a sociedade galega a se concentrar hoje às 20:00 h. em regime de auto-convocaçom nas vilas e cidades do nosso país para expressar o nosso rejeitamento frontal a este salto qualitativo que, com a sentença de Madrid, acaba de dar a repressom política. Hoje, a solidariedade, por cima de siglas e de diferenças políticas e ideológicas, é umha obrigaçom de calquer democrata frente a um Estado corrupto e antidemocrático que avança num processo constante de fascistizaçom. Neste sentido, animamos a sociedade galega a estar pendente das próximas convocaçons solidárias que se realizarám.

Galiza, a 13 de setembro de 2013

Subscrevem:

Anova Irmandade Nacionalista

Adiante

Agrupaçom de Montanha Aguas Limpas (AMAL)

Assembleia da Mocidade Independentista (AMI)

Bloque Nacionalista Galego (BNG)

Briga

Candidatura do Povo

Causa Galiza

Ceivar Organismo Popular Anti-repressivo

Central Unitária de Trabalhadores/as (CUT)

Confederaçom Intersindical Galega (CIG)

Confederación Nacional do traballo -Compostela (CNT-compostela)

Comités

Esquerda Unida (EU)

Federación Rural Galega (FRUGA)

Frente Popular Galega (FPG)

Galiza Nova

Isca!

Liga Estudantil Galega (LEG)

Mulheres Galegas em Resistência (MUGRE)

Movimento Galego ao Socialismo (MGS)

NÓS-Unidade Popular (NÓS-UP)

Partido Comunista do Povo Galego (PCPG)

Que voltem para a casa!

Silveira

Foto: Ceivar

Fonte: Diário Liberdade

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