2017: Um ano para renovar o espírito de luta

Em 2016 vimos nossa democracia, nossa economia e nossos direitos escorrerem pelo ralo da ingerência e da ganância da classe política e dos grandes empresários. Para a categoria bancária não foi diferente. O trabalhador dos bancos sofreu e sofre com as conseqüências dessa ingerência, tendo seus direitos, saúde e emprego ameaçados gravemente.

Além das lutas da categoria, os PLs (Projetos de Lei) e PECs (Propostas de Emenda Constitucionais)  tramitando no Congresso Nacional, que atacam diretamente os direitos dos trabalhadores, como por exemplo o PEC 55 que congela os investimentos em saúde e educação, o PL4302/98 que amplia a Terceirização da mão de obra no Brasil. Não bastasse isto, o governo acaba de propor uma reforma na previdência que torna praticamente impossível uma aposentadoria com rendimentos integrais, elevando para até 49 anos o tempo de contribuição para receber 100% do Salário de Benefício. Estes PLs e PECs atingem diretamente os interesses da classe trabalhadora e representam a tentativa da volta das fracassadas políticas neo-liberais dos anos 90, com privatizações, retirada de direitos dos trabalhadores, recessão econômica, perda de poder aquisitivo da sociedade em geral e concentração de renda.

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Nos bancos públicos a sinalização de um processo de privatização veio com a reestruturação proposta pelo Banco do Brasil, já em curso, que pretende fechar agências e reduzir significativamente os postos de trabalho. Com o desemprego em alta e o clima de instabilidade econômica, tal medida somente agrava a situação do cidadão, enquanto agrada os grandes empresários do setor financeiro e os rentistas. Outra medida impopular e que ataca direitos dos bancários foi a mudança do divisor para o cálculo das horas extras. Essas medidas e projetos visam precarizar ainda mais os serviços bancários, preservando o lucro dessas empresas repassando a conta para o trabalhador e para a sociedade.

Nos bancos privados o cenário continua o mesmo. Dificuldades na prestação de serviços aos clientes, cobranças abusivas para os trabalhadores, fusões e aquisições que não se refletem na qualidade dos serviços e condições de trabalho, mas apenas no lucro das instituições. O HSBC foi comprado pelo Bradesco, depois de vários escândalos envolvendo lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Para os bancários do banco inglês sobrou enfrentar um processo de transição a toque de caixa, cheio de problemas e incongruências.

Ao longo de todo o ano o Sindicato dos Bancários de Florianópolis se dedicou em denunciar, fiscalizar e combater todas as medidas que atacam os trabalhadores e seus direitos. A participação do SEEB em todas as mobilizações contra os Projetos de Lei e Emendas à Constituição que retiram direitos foi intensa. O Sindicato também realizou dezenas de atos em protesto contra as já corriqueiras situações de prejuízo aos trabalhadores bancários dentro dos seus locais de trabalho. Metas abusivas, filas, assédio e condições de trabalho ainda continuam sendo grandes problemas nos bancos.

O cenário atual trás um novo desafio para o Sindicato dos Bancários e para o movimento sindical como um todo: renovar o espírito de luta. Somente com ânimo e disposição para a participação na mobilização civil poderemos resistir a esses tempos difíceis que vivemos. E por isso e para isso que existe o Sindicato. Saiba que você não luta sozinho.

Fonte: Seebfloripa.

 

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