“Quero ser um construtor de pontes, não de fronteiras. Nunca iremos virar as costas, continuaremos a ser uma cidade que apoia” os migrantes, declarou o edil milanês Giuseppe Sala. Também o presidente do Senado falou no palco montado para os discursos, dizendo que a marcha foi uma resposta aos que querem “erguer muros ideológicos e culturais”. “Quem nasce neste país, estuda com os nossos filhos, torce pelas nossas equipas” é italiano, defendeu Pietro Grasso, respondendo à campanha da direita italiana para mais repressão sobre os refugiados e migrantes.
100 mil marcharam em Milão contra os muros e pelo acolhimento
“Não queremos muros” e “Ninguém é ilegal” foram as palavras de ordem mais ouvidas nesta marcha a favor dos direitos dos migrantes e contra o racismo e a xenofobia. Foto Valerio De Cesaris/Twitter
A manifestação deste sábado foi convocada pelo presidente da Câmara de Milão e tornou-se a maior das últimas décadas em Itália a favor do acolhimento de migrantes. “Um vento de intolerância está a derrotar-nos. Precisamos de fortalecer o sistema de acolhimento de migrantes baseado no envolvimento de todas as comunidades e instituições”, dizia a convocatória da manifestação que juntou cerca de 100 mil pessoas na região de Itália que acolhe mais migrantes.