“Os árabes terão que ir embora.” (*D. Ben Gurión)

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Por Tali Feld Gleiser.

Palestina. Origens do Conflito 3

E os árabes não foram embora. Os despejaram, os expulsaram de suas casas, terras, aldeias nas quais tinham morado durante gerações.  O dia 15 de maio de 1948 marca o dia oficial da Nakba, que em árabe significa catástrofe ou desastre, a qual na realidade não começou nesse dia. Isto aconteceu com a criação do movimento sionista e a imigração em massa à Palestina de judeus identificados com esta nova ideologia. O principal responsável chamou-se David Ben Gurión.

O grande arquiteto da expulsão e limpeza étnica dos palestinos também é considerado o fundador do Estado de Israel e foi o primeiro em ocupar o cargo de primeiro ministro. Polonês de nascimento, chegou à Palestina em 1906 já convertido em sionista fanático. Como líder sionista, exerceu um controle total sobre os assuntos de segurança e defesa da comunidade judaica da Palestina. Ele associava o assentamento dos judeus em Palestina com a o roubo dos pertences dos palestinos nativos em um processo a longo prazo. Para isso era necessário esperar a chegada do momento histórico oportuno para poder resolver militarmente a realidade da presença de uma população que, em sua grande maioria, era não judaica. O movimento sionista surgiu na década de 1880 na Europa central e oriental e seu ideólogo principal foi Theodor Herzl. Os judeus sofriam uma perseguição permanente naquele continente. Como resposta a esta situação, criou-se um movimento de renascimento nacional: o sionismo, que reivindicava o retorno a sua antiga “pátria”. Segundo eles, após a destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d.C., se produziu a grande diáspora dos judeus que moravam nessas terras. Por tanto, por causa das pressões quotidianas na Europa, era fundamental a colonização da Palestina para executar as suas aspirações.(1)

Ben Gurión foi um político extremamente “hábil”, um colonialista pragmático. Em 1937, os britânicos ofereceram à comunidade judaica um Estado em Palestina com um território muito menor que aquele que pretendia. Como conta Yakov Rabkin em seu livro Contra o Estado de Israel. História da oposição judaica (2008), Ben Gurion disse em Nova Iorque para um grupo de líderes trabalhistas judeu-usamericanos: “os limites [do Estado judeu] não serão rígidos eternamente”. (2) Porém, Ben Gurión aprovou a proposta e declarou: “Não procuramos um acordo com os árabes “[palestinos] para assegurar a paz. É claro que consideramos a paz como algo essencial. É impossível construir o país em um estado de guerra permanente. Mas para nós é um meio, não um fim. O fim é a consumação do sionismo em seu máximo alcance. Só por este motivo precisamos da paz, e precisamos de um acordo. ”(3)

Em 1942, Ben Gurión já começava a reclamar a totalidade da Palestina em nome do movimento sionista. Durante a segunda guerra mundial diminui as pressões sobre o Reino Unido porque sabia que não era oportuno em um momento em que a Grã Bretanha estava concentrada na guerra contra os nazistas. De todas as formas, os ataques terroristas das milícias clandestinas judaicas, que tiveram como alvo os britânicos e suas instalações na Palestina, não tiveram sucesso. Ben Gurión percebeu que devia se conformar “somente” com demandar 80% do território, que deveria ter garantia do predomínio dos judeus, embora fossem apenas um terço da população e donos de sete por cento do território. Em 1947, a Agência Judaica (órgão de governo sionista na Palestina) criou o mapa de um Estado judaico quase igual à superfície de Israel anterior a 1967 (Guerra dos Seis Dias em que Israel se apoderou da Faixa de Gaza, Cisjordânia, as Colinas de Golã, Jerusalém Este e a Península do Sinai). Ben Gurion tinha plena consciência de que a população nativa não era um problema, já que o Mandato Britânico tinha esmagado seu movimento de liberação e sabia que os Estados árabes não se decidiam a apoiar explicitamente a questão palestina.

O “momento histórico propício” que Ben Gurión esperava chegou, mais uma vez, graças à Europa: A compensação aos judeus pelo Holocausto era um Estado na Palestina. “O sionismo tinha que dar uma resposta à calamidade acontecida ao povo judeu. Se assim não fosse, o movimento desapareceria do contexto judeu.” (4) Porém, segundo a professora Dina Porat, o interesse nas vítimas não era  genuíno porque “os dirigentes sionistas impediram  a realização dos projetos de imigração dos judeus europeus para outras regiões do mundo, para obrigá-los a emigrar à Palestina” (5). A solidariedade interesseira de Ben Gurion ficou demonstrada quando expressou em relação à Noite dos Cristais Rotos na Alemanha que se ele tivesse sabido que todas as crianças judias podiam ser salvas enviando-as para a Inglaterra, ou levar só a metade à Palestina, ele teria escolhido a segunda opção, porque o que estava em jogo não era somente a sorte dessas crianças, mas o destino histórico do povo judeu. (6)

Os palestinos continuavam sendo a ampla maioria da população. Mesmo que para os sionistas isso não fosse um fator a ter em consideração (sabiam que existia a probabilidade de que o mundo árabe enviasse tropas e lhes fornecessem armas). Por isso, a imigração judaica devia aumentar drasticamente e nesse momento tinha muitos judeus dispostos a emigrar. Ben Gurión explicou: “Uma maioria judaica não é a última estação do sionismo, mas é uma estação muito importante na rota do sionismo em direção ao triunfo político. Dará a nossa segurança e presença alicerces sólidos, e permitirá nos concentrarmos nas massas de judeus deste país e a região.” (7) Para que se efetivasse essa maioria os palestinos deveriam ser expulsos, “transladados” de suas terras.  “Sou partidário do translado forçoso, não vejo nada de imoral nisso.” (À Executiva da Agência Judaica em 1938, Arquivos Sionistas Centrais, atas da reunião da Executiva da Agência Judaica, 12 de junho de 1938). “O sionismo é a transferência dos judeus. Em relação à transferência dos árabes [palestinos] é muito mais fácil que qualquer outra transferência. Há estados árabes vizinhos… e é obvio que se os árabes [palestinos] são transladados [a esses estados] isto melhorará sua situação e não ao contrário.” (8)

Ben Gurión se dedicou à questão da segurança, que virou uma obsessão, tanto dele como do Estado de Israel até hoje. Em nome da segurança têm se justificado todo tipo de políticas ao longo dos anos: a expulsão de palestinos de suas casas e terras, a colonização da Palestina, as lutas internas entre os partidos políticos israelenses, a alienação dos próprios israelenses judeus, a compra e desenvolvimento de armas, os ataques permanentes aos palestinos (violações, detenções, humilhações, derrubada de casas com topadoras, assassinatos de homens, mulheres, crianças e idosos, o bloqueio a Gaza, uso de fósforo branco e bombas de racimo) e um longo etc.

David Ben Gurión passou a ter um papel ainda mais crucial depois de 1946, quando o vigésimo segundo Congresso Sionista lhe encomendou a pasta da Defesa, através da qual exerceu o controle total de todas as questões de segurança da comunidade judaica. Distribuiu responsabilidades em outros assuntos, que se discutiram em diversas instituições, posteriormente ignoradas, quando houve que tomar decisões transcendentais sobre o destino dos palestinos. Para aplicar estas determinações confiou em formações clandestinas.

A finais de 1946, Ben Gurión já sabia que os britânicos estavam para abandonar Palestina e, junto com seus colaboradores mais estreitos, começou a se pôr em prática uma estratégia contra os palestinos que se aplicaria após a sua partida. Esta estratégia se denominou plano C, ou Guimel em hebraico, que era uma versão atualizada dos planos A (traçado em 1937 para a tomada da Palestina diante de uma eventual retirada dos britânicos) e B (concebido em 1946).

Igual que os planos A e B, o Plano C tinha como objetivo preparar as forças militares da comunidade judaica da Palestina para as campanhas ofensivas que se empreenderiam contra a Palestina rural e urbana. As ações que se incluiriam são as seguintes:

•Matar os líderes políticos palestinos.

•Matar os palestinos agitadores e aqueles que lhes proporcionassem respaldo financeiro.

•Matar aos palestinos que agissem contra os judeus.

•Matar os oficiais e funcionários palestinos mais importantes (no sistema do Mandato).

•Destruir os meios de transporte palestinos.

•Destruir as fontes de sustento dos palestinos: poços de água, moinhos, etc.

•Atacar as aldeias palestinas próximas que tivessem possibilidades de ajudar em ataques futuros.

•Atacar os clubes, cafés e outros locais de reunião palestinos. (9)

O Plano C acrescentava que toda a informação para executar estas ações se encontrava nos prontuários das aldeias.

Como se estes planos fossem insuficientes, meses depois, se delineou um novo plano: o Plano D (Dalet). Ele selaria o destino dos palestinos: a expulsão de forma sistemática de sua pátria, o despojo de suas terras, casas, a separação de famílias e a destruição da vida de gerações de habitantes dessa terra. Este plano não tem mudado, só piorado, matizado por conversas de paz fictícia. Recentemente se anunciou que se retomariam as conversas de paz entre palestinos e israelenses sob o auspício do Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama, presidente do país sócio de Israel. Isto seria o que Ben Gurión opinaria sobre o assunto: “Si eu fosse um dirigente árabe, nunca assinaria um acordo com Israel. É normal, tiramos o país deles. Certamente, deus prometeu para nós, porém, o que importa isso pra eles? O nosso deus não é o deus deles. Tem havido anti-semitismo, houve nazistas, Hitler, Auschwitz, mas, é deles a culpa? Só podem enxergar uma coisa: viemos e roubamos o seu país. Por que teriam que aceitar o acordo?” (10)

*Ben Gurión, um dos fundadores e pai do Estado racista de Israel…

Referências

(1) Feld Gleiser, Tali. Palestina. Origens do conflito I. http://desacato.info/2010/07/palestina-origens-do-conflito-i-2/

(2) Teveth,  Shabtai, Ben-Gurion and the Palestinian Arabs: From Peace to War, p. 188, 1985

(3) Ibid., p. 168

(4) Ibid., p. 154

(5) Porat, Dina, “Une question d’historiographie: l’attitude de Ben Gourion à l’égard des juifs d’Europe à l’époque du génocide”, em Heymann e Abitbol, p.122

(6) Ibid. P. 120

(7) Teveth,  Shabtai, Ibid., p. 103

(8) Masalha, Nur, A Expulsão dos Palestinos,  p. 159, 1944

(9) Pappé I, A limpeza étnica de Palestina, 2008, Crítica S.L., Barcelona, p. 54

(10) Goldmann, Nahum, La Paradoja Judía, Losada, 1979

Palestina. Orígenes del Conflicto 3

“Los árabes tendrán que marcharse.” (D. Ben Gurión)

Por Tali Feld Gleiser.

Y los árabes no se marcharon. Los echaron, los desalojaron, los expulsaron de sus casas, tierras, aldeas en las cuales habían vivido durante generaciones.  El 15 de mayo de 1948 marca el día oficial de la Nakba, que en árabe significa catástrofe o desastre, la cual en realidad no comenzó ese día. Empezó con la creación del movimiento sionista y la inmigración masiva a Palestina de judíos identificados con esta nueva ideología. El principal responsable de todo esto se llamó David Ben Gurión.

El gran arquitecto de la expulsión y limpieza étnica  de los palestinos también es considerado el fundador del Estado de Israel y fue el primero en ocupar el cargo de primer ministro. Polaco de nacimiento, llegó a Palestina en 1906 ya convertido en sionista fanático. Como líder sionista, ejerció un control total sobre los asuntos de seguridad y defensa de la comunidad judía de Palestina. Él asociaba el asentamiento de los judíos en Palestina con la desposesión de los palestinos nativos en un proceso a largo plazo. Para eso era necesario esperar la llegada del momento histórico oportuno para poder resolver militarmente la realidad de la presencia de una población que, en su gran mayoría, era no judía. El movimiento sionista surgió en la década de 1880 en Europa central y oriental y su ideólogo principal fue Theodor Herzl. Los judíos sufrían una persecución permanente en ese continente. Como respuesta a esta situación, se creó un movimiento de renacimiento nacional: el sionismo, que reivindicaba el retorno a su antigua “patria”. Según ellos, después de la destrucción del templo de Jerusalén en el año 70 d.C., se produjo la gran diáspora de los judíos que habitaban esas tierras. Por lo tanto, dadas las presiones cotidianas en Europa, era fundamental la colonización de Palestina para llevar a cabo sus aspiraciones. (1)

Ben Gurión fue un político sumamente “hábil”, un colonialista pragmático. En 1937, los británicos le ofrecieron a la comunidad judía un Estado en Palestina mucho menor de la que ésta pretendía. Como cuenta Yakov Rabkin en su libro Contra el Estado de Israel. Historia de la oposición judía (2008), Ben Gurión expresó en Nueva York para un grupo  de  líderes laboristas judío-usamericanos: “los límites [del Estado judío] no serán rígidos eternamente.” (2)  Sin embargo, Ben Gurión aprobó la propuesta y declaró: “No buscamos un acuerdo con los árabes [palestinos] para asegurar la paz. Por supuesto que consideramos la paz como algo esencial. Es imposible construir el país en un estado de guerra permanente. Pero para nosotros es un medio, no un fin. El fin es la consumación del sionismo en su máximo alcance. Sólo por este motivo necesitamos la paz, y necesitamos un acuerdo”.  (3)

En 1942, Ben Gurión ya comenzaba a reclamar la totalidad de Palestina en nombre del movimiento sionista. Durante la segunda guerra mundial disminuyó las presiones a Gran Bretaña porque sabía que no era oportuno en un momento en que el Reino Unido estaba concentrado en la guerra contra los nazis. De todas formas, los ataques terroristas de las milicias clandestinas judías, que tuvieron como blanco a británicos y sus instalaciones en Palestina, no fueron exitosos. Ben Gurión se dio cuenta de que debía conformarse “sólo” con demandar el 80% del territorio, con la garantía del predominio de los judíos, aunque fueran sólo un tercio de la población y fueran dueños de un siete por ciento del territorio. En 1947, la Agencia Judía (órgano de gobierno sionista en Palestina) creó el mapa de un Estado judío casi igual al territorio de Israel anterior a 1967 (Guerra de los Seis Días en que Israel se apoderó de Gaza, Cisjordania, los Altos del Golán, Jerusalén Este y la Península del Sinaí). Ben Gurión tenía plena conciencia de que la población nativa no era un problema, ya que el Mandato Británico había aplastado su movimiento de liberación y sabía que los Estados árabes no se determinaban a apoyar decididamente la cuestión palestina.

El “momento histórico propicio” que Ben Gurión esperaba llegó, una vez más, gracias a Europa: La compensación a los judíos por el Holocausto era un Estado en Palestina. “El sionismo tenía que dar una respuesta a  la calamidad ocurrida al pueblo judío, si no, el movimiento desaparecería del contexto judío”.  (4) Sin embargo, según la profesora Dina Porat, el interés en las víctimas no era genuino porque “los dirigentes sionistas impidieron la realización de los proyectos de inmigración de los judíos europeos hacia otras regiones del mundo, para forzarlos a emigrar a Palestina”. (5) La solidaridad interesada de Ben Gurión quedó demostrada cuando expresó a raíz de la Noche de los Cristales Rotos en Alemania que si él hubiera sabido que se podían salvar todos los niños judíos haciéndolos pasar a Inglaterra, o bien enviar sólo la mitad de ellos a Palestina, él habría escogido la segunda opción, porque lo que estaba en juego no era solamente la suerte de esos niños, sino el destino histórico del pueblo judío. (6)

Los palestinos continuaban siendo la amplia mayoría de la población. Aunque para los sionistas esto no fuera un factor a tener en cuenta (sabían que existía la probabilidad de que el mundo árabe mandara tropas y les suministraran armas). Por eso, la inmigración judía debía aumentar drásticamente y en ese momento había muchos judíos dispuestos a emigrar. Ben Gurión declaró: “Una mayoría judía no es la última estación del sionismo, pero es una estación muy importante en la ruta del sionismo hacia el triunfo político. Dará a nuestra seguridad y presencia cimientos sólidos, y nos permitirá concentrarnos en las masas de judíos de este país y la región” (7). Para que se efectivara esa mayoría los palestinos deberían ser expulsados, “trasladados”  de sus tierras.  “Soy partidario del traslado forzoso, no veo nada de inmoral en él.” (A la Ejecutiva de la Agencia Judía en 1938, Archivos Sionistas Centrales, actas de la reunión de la ejecutiva de la Agencia Judía, 12 de junio de 1938). “El sionismo es la transferencia de los judíos. En relación a la transferencia de los árabes [palestinos] es mucho más fácil que cualquier otra transferencia. Hay estados árabes vecinos…y es obvio que si los árabes [palestinos] son trasladados [a esos estados] esto mejorará su situación y no al contrario” (8).

Ben Gurión se dedicó a la cuestión de la seguridad, que se convirtió en una obsesión, tanto de él como del Estado de Israel hasta nuestros días. En nombre de la seguridad se han justificado todo tipo de políticas a lo largo de los años: la expulsión de palestinos de sus casas y tierras, la colonización de Palestina, las luchas internas entre los partidos políticos israelíes, la alienación de los propios israelíes judíos, la compra y desarrollo de armas, los ataques permanentes a los palestinos (violaciones, detenciones, humillaciones, derrumbe de casas con topadoras, asesinatos de hombres, mujeres, niños y ancianos, bloqueo a Gaza, uso de fósforo blanco y bombas de racimo) y un largo etc.

David Ben Gurión pasó a tener un papel aún más crucial después de 1946, cuando el vigésimo segundo Congreso Sionista le encomendó la cartera de Defensa, a través de la cual ejerció control total de todas las cuestiones de seguridad de la comunidad judía. Repartió responsabilidades en otros asuntos, que se discutieron en diversas instituciones, posteriormente ignoradas, cuando hubo que tomar decisiones trascendentales sobre el destino de los palestinos. Para llevar a cabo estas determinaciones confió en formaciones clandestinas.

A fines de 1946, Ben Gurión ya sabía que los británicos estaban por abandonar Palestina y, junto con sus colaboradores más estrechos, empezó a aplicarse al diseño de una estrategia contra los palestinos que se aplicaría después de su partida. Esta estrategia se denominó plan C, o Guimel en hebreo, que era una versión actualizada de los planes A (diseñado en 1937 para la toma de Palestina ante una eventual retirada de los británicos) y B (concebido en 1946).

Al igual que el plan A y B, el Plan C tenía como objetivo preparar a las fuerzas militares de la comunidad judía de Palestina para las campañas ofensivas que se emprenderían contra la Palestina rural y urbana. Las acciones punitivas que se incluirían son las siguientes:

•Matar a los líderes políticos palestinos.

•Matar a los palestinos agitadores y a quienes les proporcionan respaldo financiero.

•Matar a los palestinos que actuaran contra los judíos.

•Matar a los oficiales y funcionarios palestinos más importantes (en el sistema del Mandato).

•Destruir los medios de transporte palestinos.

•Destruir las fuentes de sustento de los palestinos: pozos de agua, molinos, etc.

•Atacar las aldeas palestinas cercanas que tengan posibilidades de ayudar en ataques futuros.

•Atacar los clubes, cafés y otros lugares de reunión palestinos. (9)

El Plan C añadía que toda la información para ejecutar estas acciones se encontraba en los expedientes de las aldeas.

Como si estos planes fueran insuficientes, meses después, se delineó un nuevo plan: el Plan D (Dalet). Éste decretaría el destino de los palestinos: la expulsión de forma sistemática de su patria, el despojo de sus tierras, casas, la separación de familias y la destrucción de la vida de generaciones de habitantes de esa tierra. Este plan no ha cambiado, sólo ha empeorado, matizado por conversaciones de paz ficticia. Recientemente se anunció que se retomarían  las conversaciones de paz entre palestinos e israelíes bajo el auspicio del Premio Nobel de la Paz, Barack Obama, presidente del país socio de Israel.  Al respecto, esto sería lo que Ben Gurión opinaría sobre el tema: “Si yo fuera un dirigente árabe, nunca firmaría un acuerdo con Israel. Es normal, les quitamos el país. Ciertamente, dios nos lo prometió pero, ¿qué más les da eso? Nuestro dios no es su dios. Ha habido antisemitismo, hubo nazis, Hitler, Auschwitz, pero, ¿ellos tienen la culpa? Solo pueden ver una cosa: vinimos y nos robamos su país. ¿Por qué tendrían que aceptarlo?” (10)

Ben Gurión, uno de los fundadores  y padre del Estado racista de Israel…

Referencias

(1) Feld Gleiser, Tali. Palestina. Orígenes del conflicto I. http://desacato.info/2010/07/palestina-origens-do-conflito-i-2/

(2) Teveth,  Shabtai, Ben-Gurion and the Palestinian Arabs: From Peace to War, p. 188, 1985

(3) Ibid., p. 168

(4) Ibid., p. 154

(5) Porat, Dina, “Une question d’historiographie: l’attitude de Ben Gourion à l’égard des juifs d’Europe à l’époque du génocide”, en Heymann y Abitbol, p.122

(6) Ibid, p. 120

(7) Teveth,  Shabtai, Ibid, p. 103

(8) Masalha, Nur, La Expulsión de los Palestinos,  p. 159, 1944

(9) Pappé I, La limpieza étnica de Palestina, 2008, Crítica S.L., Barcelona, p. 54

(10) Goldmann, Nahum, La Paradoja Judía, Losada, 1979

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